É só a gente ouvir falar sobre ciclones e tufões que a gente fica morrendo de medo, não é mesmo? No entanto, pouca gente sabe como esses fenômenos naturais acontecem. Aliás, além deles existem ainda os tornados e os furacões. Afinal, qual é a diferença?
Esse texto foi feito justamente para falar da diferença entre esses fenômenos da natureza e dizer como é que eles acontecem. A relação está entre alterações de temperatura e a pressão atmosférica. Na prática, é mais fácil entender do que parece, veja só
As tempestades tropicais
A primeira coisa é entender que todos esses fenômenos citados são tempestades tropicais. Ou seja, apesar dos nomes diferentes, temo um mesmo evento. Por exemplo, ciclone tropical é o termo usado pelos meteorologistas.
Isso indica que há um sistema rotativo, organizado em nuvens e que acontecem através de tempestade. Eles são oriundos das águas tropicais ou subtropicais. Além disso, se classificam com base na Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos.
Assim, as velocidades dos ventos podem chegar a 74 milhas por hora. Algo como 119 km por hora. E dependendo de onde ele se origina é que vai mudar o nome, podendo ser furacão, tufão ou simplesmente ciclone tropical. Veja só os nomes em cada região.
Os nomes das tempestades tropicais
Só para exemplificar essa questão do nome, considere que se uma tempestade tropical acontece no Oceano Atlântico ou no nordeste Pacífico, ela é chamada de furação. Mas, se acontece no noroeste do Pacífico muda o nome para tufão.
Já um ciclone é o que acontece no Pacífico Sul e no Oceano Índico. Outra curiosidade é que eles acontecem, de modo padronizado, em determinadas épocas do ano. Essas tempestades são mais comuns de acontecer entre junho e novembro no Atlântico.
Já os tufões do noroeste do Pacífico são mais comuns entre maio e outubro, apesar de que podem ser formados durante o ano todo. E no Pacífico Sul, a gente tem uma época de ciclones mais comum entre novembro e abril de cada ano.
Como a ciência explica as tempestades tropicais
De forma resumida, você pode entender isso pensando da seguinte forma: o ar aquecido pela água morna do ar sobe. Quando esfria, é empurrada para o lado pelo ar mais quente que sobre por baixo dele. Isso se torna um ciclo, que é o que causa os ventos mais fortes.
Sobre o mar, também pode acontecer uma tempestade tropical, o que vai causar, além de tudo, as grandes ondas. Quando as ondas chegam até a terra, elas inundam áreas, entre vilas, cidades, pessoas e tudo o que estiver pela frente.
A partir da ciência é possível entender que com o aumento da temperatura da água do Oceano, mais os furacões vão acontecer e com intensidade ainda mais elevadas. Por isso, existe uma preocupação com o futuro visando esse tipo de evento natural.
A classificação das tempestades tropicais
Seja ciclone, tufão, furacão ou tornado (entenda mais abaixo), considere que há classificação para esse tipo de evento. Isso porque eles ficam ordenados dentro de uma escala Saffir-Simpson, que considera a pressão atmosférica no olho do furacão.
Também leva em conta a velocidade dos ventos e a intensidade das tempestades. O resultado é uma escala que varia de 1 até 5. Na prática, ela acaba sendo usada para medir o poder de destruição de um furacão.
- 1 – Mínima – ventos de 119 km/h até 152 km/h
- 2 – Moderada – ventos de 153 km/h até 177 km/h
- 3 – Ampla – ventos de 178 km/h até 209 km/h
- 4 – Extrema – ventos de 210 km/h até 249 km/h
- 5 – Catastrófica – ventos acima de 249 km/h
A categoria 1 é a menor de todas e indica os ventos que variam de 119 km por hora até 152 km por hora. Aí a escala vai subindo até chegar na categoria 5, que é chamada de catastrófica, que tem ventos que passam de 249 km por hora. Veja na listagem acima.
Os tipos de ciclones
Agora que você viu que não muda muita coisa se falarmos tufões, ciclones ou furacões, vamos aos tipos deles. Basicamente, os estudiosos fazem uma divisão respeitando 3 variações. E isso não tem a ver com a intensidade, ao menos não no primeiro momento.
Abaixo, a gente vai apresentar os tipos de ciclones que existem. Só que antes disso, considere que também existe a versão do anticiclone. O que é isso? É quando acontecem áreas com pressão atmosférica maior do que as áreas vizinhas. Com a alta pressão, os ventos se dispersam.
A diferença deles, ciclone a anticiclone, está na mudança da pressão atmosférica e no sentido dos movimentos dos ventos. Enquanto os ventos do ciclone vão em sentido horário no Sul e anti-horário no Norte, os do anticiclone vão no sentido horário no Norte e anti-horário no Sul.
Os 3 tipos de ciclones que existem
O ciclone tropical é aquele que tem baixa pressão e se forma em torno dos tópicos. O resultado são tempestades de grande umidade e alta temperatura, em formato de torres e ventos fortes. É comum que tenham nuvem arredondada e não se associa a frentes frias.
O ciclone extratropical é uma versão de baixa pressão também, porém que tem a formação a partir de médias e altas latitudes. Logo, não se forma nos trópicos e essa é a principal diferença paro tropical. Nesse caso, há o contraste de massa de ar fria e a de ar quente. São ventos mais fracos e de menor tempo.
- Curiosamente, no Brasil há ciclones, ainda que pouca gente sabe
- Conforme a Universidade Estadual do Rio de Janeiro foram 7 entre 2004 e 2016
- Assim, foram 2 ciclones tropicais e outros 5 subtropicais (abaixo)
- Do total, apenas um alcançou o continente, sendo o Ciclone Catarina (SC)
- A tempestade deixou mais de 20 mil pessoas desabrigadas e 11 mortes
Os ciclones subtropicais, que é o último tipo estudado nessa matéria, é aquele de baixa pressão formado entre os tópicos. O que muda é que o centro tem temperatura mais elevada do que a atmosfera. Por isso, a sua formação está ligada a frente fria. É horizontal e menor.
O que são os tornados
Se por um lado a gente tem os tufões, furações e ciclones que se assemelham muito, de outro temos os tornados, que apesar da ligação com a pressão atmosférica, é um pouco diferente. Para alguns estudiosos, ele é um tipo de ciclone também, porém, com diferenças. Veja só.
Chamados de “perturbações meteorológicas”, os tornados se formam quando colunas de ar se ligam de forma simultânea. Só que uma nuvem está carregada de umidade e a outra é apenas de ar. E isso acontece no solo. O resultado são redemoinhos atmosféricos.
Nesse caso, a intensidade é que mais impressiona porque os tornados podem ter ventos que chegam a 500 km por hora. Ou seja, além de se formarem no solo, eles são mais intensos e mais curtos. As tempestades se formam nos oceanos, você sabe.
A classificação dos tornados
Se no caso das tempestades tropicais a escala usada é a Saffir-Simpson, no caso dos tornados usa-se a escala Fujita, que é focada na intensidade da destruição provocada. Nesse caso, a tabela de nível do tornado vai de 0 a 5, sendo F0 até F5, por exemplo.
Logo, o tornado de nível 0 é aquele que tem ventos de até 117 km por hora. Apesar de parecer uma intensidade pequena, isso pode até arrancar pequenas árvores e placas. Depois, no seu momento mais intenso, um tornado pode passar de 500 km por hora e destruir cidades.
- 0 – Ventos de até 117 km/h
- 1 – Ventos de 118 km/h até 179 km/h
- 2 – Ventos de 180 km/h até 251 km/h
- 3 – Ventos de 252 km/h até 330 km/h
- 4 – Ventos de 331 km/h até 416 km/h
- 5 – Ventos de 417 km/h até 508 km/h
Só para que se entenda um pouco da história e da intensidade dos tornados, a gente pode lembrar do evento que ficou chamado de “Tornado dos Três Estados”. Ele foi em 1925 e é o mais mortal da história. Durou pouco menos do que 4 horas e matou 695 pessoas.
O que é tromba d’água
Até aqui a gente falou das tempestades tropicais, sendo tufão, ciclone e furacão. Depois, falamos do tornado. E falou mencionar a tromba d´água. Você sabe o que é isso? É simples: um tornado que se forma sobre o oceano. Não é comum de acontecer, mas acontece.
- Elas podem acontecer em águas tropicais e subtropicais
- Mas também há eventos na Europa, Grandes Lagos e América do Norte
- No Brasil, há relatos no Pará, Santa Catarina e Maranhão sem grandes impactos
Na definição mais comum, tromba d´água é um fenômeno meteorológico que resulta na formação de uma coluna giratória que é composta por vapor e água. Essas nuvens espessas se movem formando um cone, que tem base para o alto. O resultado é um funil.