JWST é o Telescópio Espacial James Webb. É visto hoje como o melhor equipamento que já existiu na humanidade. Em breve, vai substituir o Hubble por ter novas tecnologias adicionadas entre suas características. Em 2016, o valor dele foi divulgado em US$ 10 bilhões.
Apesar de ainda ter resultados estimados, o JWST deve ir além do que conseguiu o Hubble. No fim do artigo, a gente tem um comparativo entre eles. Já para o Webb, uma das últimas capturas foi de uma imagem que continha 5.000 galáxias, a maioria com mais de 10 bilhões de anos.
Esse conteúdo foi criado para que você entenda tudo sobre o James Webb. Vamos explicar o que é um telescópio e a importância dele para a ciência. Bem como, a evolução e o que representa como substituto do Hubble. Confira quais serão os principais tópicos.
- Qual é a função do telescópio;
- Quem foi James Webb;
- Qual o tipo de telescópio do James Webb;
- Quais as principais vantagens do telescópio James Webb.
Qual é a função do telescópio
O telescópio é um instrumento usado para ver objetos que estão a distâncias muito grande da Terra. A capacidade dele é incrível na hora de ampliar e formar imagens virtuais. Assim, ela se torna maior do que vista a olho nu e isso permite fazer muitas descobertas na galáxia.
A invenção aconteceu em 1608, sendo que o equipamento mudou por completo a forma com que os homens viam o mundo. Na época, a ideia era ter um instrumento óptico que tornasse possível ver grandes objetos a longas distâncias, como galáxias, estrelas e planetas.
Mais recentemente, em 1990, a gente teve o lançamento do telescópio Hubble que é um dos mais importantes para a ciência. Ele captou diversas imagens importantes. A construção se iniciou em 1970 e a revolução que ele causou na astronomia começou 20 anos depois.
O que é o telescópio James Webb
O equipamento demorou 30 anos para ser construído. O lançamento foi feito no final de 2021 com a missão de mostrar as primeiras estrelas a iluminar o universo. Ele nasceu com o objetivo menos complexo, só que agora se tornou a melhor opção para substituir o Hubble.
Onde está o telescópio James Webb? Uma novidade é que após o lançamento, esse instrumentou passou a exibir imagens em tempo real para as organizações espaciais. E em alguns momentos, também para as pessoas comuns.
Ele partiu do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa. O seu primeiro alvo foi a estrela HD 84406, que fica a aproximadamente 241 anos-luz da Terra. A construção recebeu aportes da NASA, da Agência Espacial Europeia e da Agência Espacial Canadense.
Quem foi James Webb
James Edwin Webb foi um combatente das Forças Armadas norte-americanas durante a Segunda Guerra Mundial. Militar e servidor público, ele também se tornou um político nos Estados Unidos. Foi o segundo administrador da Nasa, entre 1961 e 1968.
O nome do telescópio foi em homenagem a ele e aconteceu em 2002. Nascido na Vila de Tally Ho, na Carolina do Norte. O estudo inicial foi em Artes e Educação. Depois, ingressou no Corpo de Fuzileiros Navais e serviu como piloto entre 1930 e 1932.
Depois disso, ainda se tornou um graduado em Direito pela The George Washington University Law School. Entrou para a Ordem dos Advogados do Distrito de Columbia. E na vida pessoal se casou com Patsy Douglas com quem teve um casal de filhos.
A polêmica por trás do nome do telescópio
Sim, vale a pena falar disso. Isso porque o nome escolhido não foi algo tão amigável assim. O James foi responsável pelo Programa Apollo, que culminou na célebre frase: “pequeno passo para um homem e um grande salto para a humanidade”.
Antes do lançamento do instrumento, houve até uma petição online, criada por astrônomos norte-americanos, para mudar o nome. Isso porque Webb teria sido apontado como alguém que discriminou pessoas quando era diretor da Nasa.
O capítulo, que ainda aparece oculto em boa parte da sua historiografia, incentivou mais de 1.000 pessoas a assinarem o documento “renomeie o telescópio espacial James Webb”. Há quem diga que o militar criou campanhas contra gays e lésbicas nos anos de 1950 e 1960.
Qual o tipo de telescópio do James Webb
James Webb esteve por trás do conceito do telescópio Hi-Z entre os anos de 1989 e 1994. Na época, um equipamento infravermelho com 4 metros de abertura que retrocede para uma órbita em 3 unidades astronômicas. A partir disso, veio o novo modelo.
No histórico de desenvolvimento dá para entender mais sobre o modelo. Em 1996 foi iniciado o projeto, chamado de Telescópio Espacial de Próxima Geração. Só em 2002 é que recebeu o nome para James Webb. E no ano seguinte veio o contrato para a construção.
A montagem final, depois de muitas aprovações e reprovações, aconteceu em 2016. E em 2021 foi o feito o lançamento oficial dele na órbita da Terra. Em julho deste ano, a Nasa mostrou a primeira imagem do campo profundo tirara pelo James Webb.
Qual é a função do telescópio James Webb
Esse tipo de equipamento ultra tecnológico tinha alguns objetivos quando foi criado. Por exemplo, o descobrimento de novas galáxias, a observação de um sistema planetário recém-formado, a análise de atmosferas dos exoplanetas, a busca por sinais de vida fora da Terra, etc.
Entre as metas para esse instrumento, os especialistas citam também a investigação de seres habitáveis no Universo. A partir das estrelas que devem ter sido as primeiras do Universo, já que possuem amis de 13,5 bilhões de anos.
Mas, a principal missão do programa do JWST é estudar a radiação infravermelha resultante do Big Bang. Assim, será possível tirar conclusões sobre a infância do Universo. Um escudo solar dobrável foi implantado no equipamento para bloquear as irradiações do Sol, Terra e Lua.
Qual é a potência do telescópio James Webb
A otimização do equipamento de James Webb permite observar comprimentos de onda de 600 a 28 mil nanômetros. Por isso, vai operar em uma órbita além da Lua, em um ponto que é chamado de Lagrange L2. Muito distante da Terra.
Acredita-se que o Webb seja 100 vezes mais potente do que o Hubble. Na primeira foto oficial, sem qualquer desfoque, foi possível ver essa potência na imagem. Em alta resolução, ela foi apresentada ao público em março de 2022.
Os especialistas falaram em “imagem cristalina”. Um dos astrônomos por trás, o Marshall Perrin, explicou que a imagem é a mais nítida possível. Logo, concluiu que “é a foto em infravermelho de maior resolução já tirada no espaço”.
Quais as principais vantagens do telescópio James Webb
A precisão está entre as principais vantagens do James Webb. E para se ter uma ideia disso na prática, considere que daria para ver uma abelha na Lua. Acredita? Por isso, ele jamais poderia ficar na Terra porque aqui temos filtros da radiação infravermelho.
Já no espaço, o telescópio será capaz de fazer coisas que jamais aconteceram. Por exemplo, separar a radiação de uma estrela mais fraca. E tem aquela história da infância do Universo, onde será possível estudar o mundo quando tinha apenas 2% da idade atual.
Se há um lado negativo nisso tudo é que é impossível fazer a manutenção do telescópio. O motivo é que ele está no L2, um lugar que nenhum veículo tripulado seria capaz de percorrer e voltar em segurança. O Hubble, por exemplo, estava há 600 quilômetros da Terra.
Qual é a diferença entre o Hubble e o James Webb
O telescópio Webb tem sim algumas vantagens importantes se comparado com o Hubble. Por exemplo, o fato de possuir um espelho para a captação de imagens que é 2,5 vezes maior. Essa informação é importante porque um telescópio funciona a partir do reflexo da luz.
Para isso, usa os espelhos. E em um telescópio refletor, a luz proveniente das estrelas é refletida por um espelho que é côncavo (primário) e depois por outro espelho menor (secundário). Só aí vai para a lente ocular. Esse é o processo simplificado.
Outra diferença é que a sua massa equivale à metade do Hubble, ainda que o espelho seja maior. O desempenho para captação da radiação infravermelha é muito superior. E, por fim, ele ficará a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, anulando a gravidade do sol e da Terra.
Outro dos melhores telescópios espaciais do mundo
O Grande Telescópio da África do Sul (SALT) é considerado o maior do mundo no hemisfério Sul. Ele é composto por 91 espelhos hexagonais. Foi financiado por um consórcio de parceiros internacionais de vários países e funciona desde 2011.
O Telescópio Astrofísico de Pesquisa do Sul (SOAR) fica no Chile e também é uma referência no mundo da astrofísica. Ele foi financiado em 2004 por vários países, como o Brasil. Tem o diferencial de ter uma rotação rápida e instrumentos infravermelhos. O Telescópio Gemini é outro. Também no Chile.
O Brasil tem um grande telescópio espacial?
Não. Nenhum tem boas referências em termos de volumes e imagens. No entanto, o nosso país tem sim assinaturas em alguns instrumentos, como os que estão no Chile. A participação aconteceu através de incentivos de vários tipos.
Em 2018, surgiu um assunto de que foi instalado em Minas Gerais um telescópio russo para monitorar o lixo espacial. No entanto, não se tem mais informações atuais se o equipamento ainda está em funcionamento, apesar da importância do monitoramento internacional.