Conheça 7 mentiras históricas que levaram anos para serem descobertas

A escola é o lugar responsável por contribuir para o desenvolvimento pessoal do aluno por proporcionar o convívio com outras pessoas nas mais diversas realidades, praticando assim valores como empatia, respeito e paciência para com seus colegas.

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Entretanto, o papel mais importante da escola talvez seja o de passar para o aluno os conhecimentos humanos sistematizados e adquiridos até então. É importante que esse processo não seja visto como um fardo, mas sim como uma construção de saberes necessários para dar autonomia e criticidade para os indivíduos.

Visto que o conhecimento é cíclico e constantemente (re)pesquisado, eles devem ser sempre atualizados. Nesse artigo, veremos algumas mentiras históricas que aprendemos na escola, mas na verdade não são exatamente desse jeito.

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Foto: reprodução/internet

1. A Guerra dos Cem Anos não durou 100 anos

A chamada Guerra dos Cem Anos foi uma série de sucessivas batalhas e conflitos entre a Casa Plantageneta, governantes do Reino da Inglaterra, e a Casa de Valois, governantes do Reino da França, para definir a sucessão do trono francês.

Ao contrário do nome e do que nos é passado na escola, a batalha não durou 100 anos, mas sim 116 anos, de 1337 a 1453. Esse arredondamento para menos é feito apenas para tornar mais fácil de lembrar esse acontecimento histórico.

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2. Napoleão Bonaparte não era baixo

Napoleão Bonaparte foi imperador da França de 1804 a 1814, e por muito tempo acreditou-se que ele era muito baixo. Não se sabe exatamente a origem desse rumor, mas há a existência de que alguns documentos escritos pela Inglaterra, rival da França na época, espalhavam essa informação.

Porém de acordo com pesquisas mais recentes, descobriu-se que Napoleão tinha 1,68 metro, altura razoável não apenas no século 19, mas também nos dias de hoje. Algo que pode ter contribuído para isso é o fato de ele estar sempre à frente do exército, composto em sua maioria por homens naturalmente mais musculosos que o imperador.

3. Van Gogh não cortou sua própria orelha

Vincent Willem van Gogh é um famoso pintor holandês que ficou conhecido por vários quadros, como “Noite Estrelada” e “Doze Girassóis numa Jarra”. Uma das histórias mais famosas que envolvem o artista é que ele, em um surto de depressão, cortou sua própria orelha esquerda com uma lâmina de barbear.

Porém de acordo com Hans Kaufmann e Rita Wildegans, acadêmicos alemães, em uma reportagem dada à BBC em 2009, essa versão da autolesão não passava de uma história contada por Van Gogh para proteger seu amigo também pintor Paul Gauguin. Foi na verdade Gauguin, em uma discussão com seu amigo, que cortou fora a orelha dele.

4. Tiradentes não parecia com Jesus

Joaquim José da Silva Xavier, Tiradentes, foi um participante da Conjuração Mineira, movimento a favor da Independência do Brasil que ocorreu em 1789. Como foi o único dos participantes condenado a morte no julgamento, ficou conhecido como mártir do movimento e por isso, foi muito representado em várias pinturas.

Ao contrário de ter os cabelos e barba comprida, em uma imagem muito similar a de Jesus, Tiradentes na verdade foi morto estando careca e barbeado. Isso ocorreu pois ficou três anos na prisão, onde era obrigado a raspar o cabelo e barba para evitar a infestação de piolhos. Essa representação foi apenas uma estratégia para construir sua figura de mártir.

5. Júlio César nunca disse “Até tu, Brutus, meu filho”

Júlio César foi um ditador que governou Roma de 49 a.C até 44 a.C, até sofrer uma conspiração por parte de um grupo de senadores opositores e contrários à sua ditadura, ocasião na qual morreu esfaqueado. Esse complô contou com a participação de Marco Júnio Bruto, que contava com sua proteção especial.

A história não é como muita gente pensa, dificilmente Júlio César tenha dito “Até tu, Brutus, meu filho”, ao surpreender-se com a traição de seu protegido. Isso não conta no registro de nenhum historiador da época, como Plutarco. Provavelmente, esse rumor originou-se no fato da fala ser escrita por Shakespeare em sua obra “Júlio César”.

6. Imperadores romanos não condenavam os gladiadores à morte abaixando o dedão

Uma das cenas mais icônicas do cinema talvez seja a do filme Gladiador, no qual o imperador Cômodo, interpretado por Joaquin Phoenix, condena à morte o gladiador Maximus, interpretado por Russell Crowe, por abaixar o polegar. Essa fantasia vem sendo muito propagada em especial por causa dos filmes hollywoodianos.

Diferente do que nos é passado, a sentença de morte se dava quando o imperador abaixava o seu polegar. Em um embate entre dois gladiadores, a vida do que estava em desvantagem era poupada quando o imperador introduzia o polegar no punho fechado da mão oposta.

7. Copérnico não foi o primeiro a propor a teoria heliocêntrica

Nicolau Copérnico foi um astrônomo polonês que, após muito estudo sobre os astros e movimentos celestes, propôs o modelo heliocêntrico, no qual o centro do sistema solar seria o Sol, em oposição à teoria geocêntrica, defendida pela Igreja Católica da época.

O fato é que Copérnico não foi o primeiro a propor e defender o heliocentrismo. Na verdade, foi Aristarco de Samos, que viveu no século III quem primeiro elaborou essa teoria, mil anos antes Copérnico. Porém, foi o astrônomo polonês quem consolidou e tornou consistente o heliocentrismo.

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