Está começando a fazer trilhas e quer saber onde ficam as mais incríveis do país, certo? Ou será que está em um nível avançado e quer ir logo para a loucura de ficar dias caminhando no meio da natureza? Independentemente de quem é você, temos as respostas.
Nesse conteúdo, conheça os 7 lugares mais incríveis do Brasil para fazer trilhas, entre caminhadas leves e trekking, com certeza, você vai se apaixonar por eles. Ah, e não existe ordem aqui, mas tentamos deixar os trajetos mais lindos e difíceis no fim do texto.
1 - Trilha do Rio do Boi (Rio Grande do Sul)
Como você vai perceber, esse conteúdo está ordenado das trilhas mais simples para as mais complexas. O que não muda é o fato de que todas são belíssimas. Essa trilha aqui fica no Parque Nacional Aparados da Serra, no RS.
Está na lista das trilhas mais singulares do país. Ao todo, são “apenas” 16 quilômetros dentro do cânion Itaimbezinho, que pode chegar a 720 metros de altura. Ele cria o rio na maior parte do percurso, o que o torna fascinante.
As dicas
A primeira dica é: quem fazer essa trilha não pode deixar de tomar um banho nas piscinas de água cristalina. Sem contar que tem até tobogãs naturais e cachoeiras por lá. Quanto à trilha, ela é simples e mesmo com nível médio de dificuldade pode ser feita em 8 horas.
Ela também faz parte dos rankings de trilhas do ecoturismo nacional. A melhor época do ano para ir até lá é no verão, quando se tem menos chances de chuvas e a temperatura está ótima para entrar no rio. A entrada nos cânions custa R$ 50 para um dia de acesso.
2 - Travessia Marins-Itaguaré (São Paulo)
Essa é uma travessia que liga dois picos, o Pico do Marins e o Pico do Itaguaré. Eles possuem mais de 2.300 metros de altitude cada um e ficam na Serra da Mantiqueira. A sensação é deslumbrante e quem já foi, quer ir de novo.
O passeio costuma exigir 3 dias de viagens e 2 noites na natureza. Agora, apesar de não ser uma trilha tão extensa, considere que é uma das mais difíceis de se fazer no Brasil. Logo, exige um nível de dificuldade muito alto, sendo indicada apenas para profissionais.
As dicas
Ela exige um conhecimento de montanhismo por parte dos aventureiros. Em alguns momentos é preciso passar por buracos, descer por cordas e assim por diante. A caminhada pode ser feita no formato de fast-track, para quem quer fazer em menos tempo, sendo em 2 dias.
Outra ideia é fazer o passeio no tipo leave no trace. Assim, dá para levar grupos de pessoas reduzidos, em um planejamento mais focado nos turistas. A estratégia envolve logística e guias para essa aventura. Só os dois formatos mais comuns de fazer a travessia hoje.
3 - Travessia do Vale do Pati (Bahia)
É praticamente impossível a gente falar de trilhas no Brasil sem mencionar a Chapada Diamantina, concorda? Nessa travessia, o aventureiro vai encontrar morros imensos, em várias formações rochosas, além de muito campo verde e água (de rios e cachoeiras).
Os percursos também estão entre os mais flexíveis do país. Assim, dá para encontrar trajetos de 1 até 4 dias, sendo que partem e passam por Mucugê, Capão ou Andaraí. Só se lembre de um detalhe: tudo isso sem sinal de telefone, está bem?
Por isso, a dica é ir acompanhado com guias que conhecem o lugar e sabem onde pedir ajuda, só se for necessário, claro. Entre os maiores atrativos, a gente pode lembrar você de passar por Morro do Castelo, Mirante do Pati e Cachoeira dos Funis.
4 - Serra do Mar (Paraná)
Um percurso que leva 20 quilômetros do início ao fim. No entanto, apesar de ser um dos mais curtos aqui desse conteúdo, ele está entre os mais difíceis, também. Por isso, é uma trilha para quem não tem problemas em dormir fora de casa, no meio da natureza.
O indicado é que o trajeto seja feito em 4 dias. Na Serra do Mar, esse tipo de passeio ficou conhecido como Circuito Tucum, Ciririca e Agudo da Cotia. Ele é uma alternativa aos pontos mais turísticos da cidade, como é o caso do Pico do Paraná.
O início e o fim são feitos às margens da BR-116 e o caminho mais indicado passa pela Fazenda da Bolinha. O começo, até Tucum, é muito simples e tem apenas 4 quilômetros. Essa parte do passei já vale muito a pena porque a pessoa passa pelo Vale do Rio Bonito.
As dicas
A partir dessa primeira parte do circuito, a caminhada se torna mais íngreme e mais difícil. Logo, até a vegetação muda, com campos abertos. O acampamento inicial é em Tucum mesmo, onde dá para ver o sol nascendo por trás do Pico do Paraná.
Depois, o trajeto até a Ciririca tem montanhas bem menos frequentadas. Na sequência, vem o ataque até Agudo da Cotia, que também vai exigir paciência, técnica e cuidados. Na internet, é possível ver fotografias que mostram o visual desse lugar, que é paradisíaco.
Uma curiosidade é que a partir da Fazenda da Bolinha, as pessoas podem partir para várias trilhas. Além do circuito que comentamos, outras ideias são: Camacuã, Camapuã e Pedra Branca, que são menos íngremes e mais comuns.
5 - Travessia Petrópolis-Teresópolis (Rio de Janeiro)
Para quem é do Rio de Janeiro, essa travessia é conhecida. Já para quem é de outra região, nem tanto. O fato é que ela é bem interessante para quem quer fazer uma trilha incrível. Afinal, são 30 quilômetros de distância entre as cidades do Rio.
O grande diferencial está no fato de que o percurso atravessa o Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO), o que permite uma visão deslumbrante. A criação do parque é de 1939 e hoje a gestão é feita pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
Para quem gosta de curtir o passeio no meio da natureza, o trajeto pode ser feito na média de 3 dias. Além do Parque, outros atrativos dessa caminhada são as Pedras do Sino e do Queijo, as águas da Cachoeira Véu da Noiva e os Castelos do Açu.
As dicas
Os 30 quilômetros de trilha podem ser divididos entre os 3 dias da viagem. Assim, a primeira parte começa na portaria de Petrópolis e vai até os Castelos do Açu. Depois, o outro dia vai até a Pedra do Sino. Por fim, a pessoa termina na portaria de Teresópolis.
O nível de dificuldade é considerado mediano. Isso porque tudo pode acontecer através de caminhadas, porém, com alguns trechos que existem técnica. A altitude máxima chega a 2.275 metros e o desnível é de 1.100 metros, no máximo.
Curiosamente, os atletas mais acostumados podem fazer essa travessia em menos de 24 horas, como há relatos na internet. No entanto, só se recomenda isso para quem já tem experiência na prática esportiva e conhecimento sobre o lugar.
6 - A Travessia dos Lençóis Maranhenses (Maranhão)
Agora, uma travessia que leva 3 dias e 35 quilômetros. E vale a pena para quem quer conhecer a fundo a paisagem da imensidão da areia com as lagoas paradisíacas que só existem lá. Essa caminhada sugere duas pernoites longe de casa. Bora lá?
No primeiro dia, dependendo da partida, pessoa vai andar entre 6 até 9 quilômetros. A parada é no Parque Baixa Grande. No segundo dia de caminhada, são mais 9 quilômetros, com parada no Parque Queimada dos Britos. O último dia tem 17 quilômetros.
Para quem está em boa forma física, a caminhada já se torna possível porque não exige muito condicionamento físico. No entanto, quem não tem experiência, habilidade ou algum tipo de contraindicação não deve fazer a aventura.
As dicas
As dicas sobre a travessia dos Lençóis Maranhenses começam com a melhor época do ano para ir para lá. Isso vai de junho até outubro, que é quando as lagoas estão cheias. Agosto é o mais indicado de todos porque é quando as chuvas param.
Saindo de Barreirinhas e passando pelos principais pontos turísticos, a pessoa vai ter um gasto em torno de R$ 900. Para quem sair de Atins e terminar em Santo Amaro, o valor é menor. E existem outras variáveis que influenciam nisso.
7 - Parque Nacional do Monte Roraima (Roraima)
Estima-se que esse passeio não vá durar menos do que 5 dias ou menos do que 50 quilômetros. Ou seja, é para quem tem um ótimo preparo físico e gosta de aventura. O que ninguém dúvida é que vale muito a pena para conhecer o mundo de outro ângulo.
O Monte Roraima fica na divisa entre o Brasil, a Guiana e a Venezuela. Assim, é a partir do nosso país que as principais expedições começam até chegar ao topo. Entre os atrativos: o Vale dos Cristais, as cachoeiras, os mirantes e as jacuzzis naturais.
O Parque foi criado em 1989 e hoje tem administração do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Ele é uma área protegida, com o foco no ecossistema. É um dos poucos parques que preservam a Terra Indígena Raposa Serra do Sol.
As dicas
Uma das perguntas que as pessoas mais fazem é: tem como chegar no topo do Monte Roraima? Tem sim e o Parque Nacional é uma porta de entrada. A trilha é bem exigente, mas costuma agradar esses “loucos” por aventura.
Por curiosidade, saiba que esse lugar serviu de inspiração para que Arthur Conan Doyla escrevesse a sua obra literária chamada “O Mundo Perdido”. Escritor e médico escocês é conhecido por ter sido o criador de Sherlock Holmes.
